Estamos no século XXI e uma doença que já estava praticamente erradicada no país, volta a preocupar a população: o SARAMPO.
A OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), em 2016 certificou o Brasil de ter eliminado de circulação o vírus do sarampo, porém, atualmente, estamos tendo surtos em algumas regiões do país.
O que é o Sarampo?
É uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus do sarampo que pertence ao gênero Morbillivirus. Considerado uma doença extremamente contagiosa e que pode ser prevenida pela vacina.
O poder de contágio acaba sendo alto porque o vírus é transmitido de forma direta, ou seja, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, mas que pode ser prevenida pela vacina. Sua incidência é mais comum em crianças desnutridas e abaixo de 01 anos de idade, mas também depende muito das condições socioeconômicas, nutricionais, imunitárias, e aquelas que favorecem aglomerações em lugares públicos ou em pequenas residências, além da circulação do vírus na área.
– febre alta, acima de 38,5 ºC;
– erupções/manchas cutâneas vermelhas (exantema);
– tosse;
– coriza;
– conjuntivite;
– Manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo as manchas vermelhas).
– A ocorrência de febre, por mais de 03 dias, após o aparecimento das erupções/manchas de pele, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações, sendo as mais simples: infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas.
É durante o período das erupções/manchas na pele que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20º dia.
As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como: diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.
Além dos sintomas, o diagnóstico é realizado através do exame de sangue que detecta a presença de anticorpos.
Pode ser necessário também a coleta de amostras para a identificação viral, a fim de se conhecer o genótipo do vírus.
O vírus do sarampo também pode ser identificado na urina, nas secreções nasofaringes, no sangue, no líquor ou em tecidos do corpo através de técnicas específicas.
A conduta para classificar um caso suspeito de sarampo, a partir da interpretação do resultado dos exames sorológicos, tem relação direta com o período quando a amostra foi coletada (oportuna ou tardia).
Muitas vezes também, se faz necessário a realização de exames sorológicos ou algum outro exame específico para se identificar a contaminação pelo vírus do sarampo, por conta de outras doenças que apresentam sintomas muito parecidos, dentre elas Rubéola, Roséola, Dengue, etc
Não existe tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais.
Para os casos sem complicação deve-se manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo. As complicações como diarreia, pneumonia e otite média, devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Todo o tratamento deve ser indicado e acompanhado pelo médico e equipe de saúde.
A única maneira de se prevenir contra a doença é com o uso da vacina, já que é praticamente impossível prever as regiões que poderão ter a incidência do vírus e eventualmente o contato com o mesmo.